Meados da década 90. Um puto. Pequeno. Franzino. Malandro. Ansioso. Junho entrava. Começava a migração sazonal. Duração: 3 meses. Destino: Benavila. Desconhecem? Arraiolos-Pavia-Avis-Benavila. Fácil. Rever avós. Rever primos. Rever amigos. Rever tios. Quase 2 centenas de dias à solta. Brincadeiras únicas, originais. Esconde por toda a vila. Caça de gambuzinos. Peregrinação à Fonte dos Cagalhões. Excursões em bicicletas para defrontar aldeias adjacentes em futeboladas inesquecíveis. Acordo às 8h. Leite e pão quentinho com manteiga. Dou um xau na avó. Dou um oi no avô. Agarro na minha pequena bicicleta montanha e faço-me à descida do Bacalhau(parte superior da aldeia) até à vila(parte inferior). Cruzo-me com a minha prima a caminho da oficina. Pergunto-lhe pelo filho. Ainda está a dormir. Dá-me a chave. Manda-me abrir os estores. Vou sofrer com o mau acordar. Vale a pena. É o meu primo favorito. Jogar SNES. Jogar ping pong. Vasculhar o sótão. Experimentar bebidas. Jogar ao sobe e desce. Usar a pressão de ar. Ir até à barragem. E inventar...inventar mesmo muito!!
A hora de almoço aproxima-se. A minha prima volta com o marido. Fico para o almoço. Telefono para casa. A minha avó já sabe mal me ouve a voz. Vou comer por lá. Manda-me ter juízo. Eu prometo tentar. A minha prima, a filha, levanta-se breves momentos antes do almoço. Adolescentes!! É a minha defensora quando me zango com o meu primo enorme. O quarto dela é tipo o coito da apanhada. Lá estou seguro. Uso-o pelo menos 1 vez ao dia. A tarde prossegue. Inventamos batidos. Criamos doces. Implicamos com as 2 irmãs da porta ao lado. Saímos de casa. Vamos até ao supermercado de outro primo. Gelados à borla. Espertos. Acabamos no tanque municipal. Intercalamos mergulhos com futebol no campo mesmo colado ao tanque. Nesta fase já voltei ao Bacalhau. Despeço-me da malta e vou para casa. Oiço o usual da vóvó. Não páras o cu em casa. Sigo directo para a banheira. Janto. Hora de parque. Ponto de encontro nocturno. Está apinhado. Logo se combinam brincadeiras. A noite avança. A hora de recolher está marcada. Quando se apagarem os candeeiros. Ainda hoje não sei a que horas isso acontecia. Mas acho que tarde. Chego à minha cama. E rapidamente adormeço que nem uma pedra...pudera...todo o dia a gastar energia... saudades ....
A hora de almoço aproxima-se. A minha prima volta com o marido. Fico para o almoço. Telefono para casa. A minha avó já sabe mal me ouve a voz. Vou comer por lá. Manda-me ter juízo. Eu prometo tentar. A minha prima, a filha, levanta-se breves momentos antes do almoço. Adolescentes!! É a minha defensora quando me zango com o meu primo enorme. O quarto dela é tipo o coito da apanhada. Lá estou seguro. Uso-o pelo menos 1 vez ao dia. A tarde prossegue. Inventamos batidos. Criamos doces. Implicamos com as 2 irmãs da porta ao lado. Saímos de casa. Vamos até ao supermercado de outro primo. Gelados à borla. Espertos. Acabamos no tanque municipal. Intercalamos mergulhos com futebol no campo mesmo colado ao tanque. Nesta fase já voltei ao Bacalhau. Despeço-me da malta e vou para casa. Oiço o usual da vóvó. Não páras o cu em casa. Sigo directo para a banheira. Janto. Hora de parque. Ponto de encontro nocturno. Está apinhado. Logo se combinam brincadeiras. A noite avança. A hora de recolher está marcada. Quando se apagarem os candeeiros. Ainda hoje não sei a que horas isso acontecia. Mas acho que tarde. Chego à minha cama. E rapidamente adormeço que nem uma pedra...pudera...todo o dia a gastar energia... saudades ....
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