Uma mãe sempre protegeu o seu filho com dificuldades cognitivas de tudo e todos. Mimou ao máximo. Mas uma acusação de homicídio vai testar até onde ela consegue ir pelo seu menino.
A alma do filme é a relação entre a mãe e o seu filho especial. São também os actores destas 2 personagens que nos dão as interpretações mais marcantes. Comecemos pela mãe, Hye-ja Kim, pouco vista em filmes, é principalmente uma actriz de séries de tv. É quem mais se destaca. Memorável. Aquele ar de que podia dar a volta ao mundo pelo seu bebé. Marcante. Depois temos o filho, Bin Won, a fazer de jovem com dificuldades de aprendizagem. É o par perfeito para a interpretação de Hye-ja Kim. Por vezes lembra-me Forrest Gump, outras vezes a personagem de Dustin Hoffman em Rain Man. Completamente diferente da personagem que interpretou em Ajeossi (aka The Man from Nowhere).
Com tudo o que li sobre este filme, tinha construído a ideia que a mãe era uma durona, que ia dar porrada a quem se metesse com o seu menino. Nada disso. Luta por ele mas não literalmente. Faz. Pergunta. Chateia. Procura. E acaba por dar porrada. Mas pouca. Tudo isto é amor de mãe.
Sinceramente há cenas que não me disseram nada, podiam ser muito emotivas mas eu não as percebi, passaram-me completamente ao lado. O que gostei foi a explicação do crime. Por momentos pensava que tinha descoberto desde o início. Nop, a explicação era outra. Melhor. Onde tudo encaixava na perfeição. Todos os pormenores. Todas as situações. Gostei.
Retardado?
Já é o 3º filme de Joon-ho Bong que vejo. The Host e Memories of Murder foram os outros. O último,
Memories of Murder, é o melhor. Mas analisando os 3 como um todo, posso perceber que Joon-ho Bong é um dos meus realizadores asiáticos de eleição. Voltando a este filme, não é o melhor para se iniciarem no cinema sul coreano, mas é um filme que merece ser visto.
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