Boa altura
para cusquice. Dou uma leitura na
diagonal aos panfletos das autárquicas para uma rápida associação de caras a
ideologias políticas e acabo sempre a sorrir. “O X está na lista A?”. “O B é Y”.
Mas rapidamente caio em mim. Estar na lista nada significa em termos de ideologias políticas. Se perguntarem a 100
pessoas da lista do PS o que defende o socialismo, quantas saberão? Muito
poucas! Lamentavelmente é só interesses.
É o que move a nossa política (e quase todas…). Admitamos, vivemos num
país de políticos (nacionais e locais) movidos a interesse. Não é novidade.
Quem decide. Quem governa. Quem tem acesso ao pote. A grande maioria,
interesseiros que podem fazer tudo sem medo de condenações (não confundir com
acusações que nunca dão em nada…). As ideologias são meros conceitos. Por
exemplo, que dizer do comunista que acumula riqueza e propriedades contrariando
completamente a doutrina do comunismo? E os diferentes governos que faltam às
promessas eleitorais mal conseguem o lugar desejado, desculpando-se com as
acções do governo a que sucedem? E aqueles pequenos partidos que só servem para
fazer ruído de fundo, sem propostas concretas, apenas utopias? Tudo farinha do
mesmo saco. E sem previsão de melhoras. Está enraizado na nossa sociedade.
Sabem que vos digo? Somos um povo ‘malandro’.
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