05/03/2011

Sorrateiro mas pouco

Regresso. Após mais uma vitória. Nos descontos. Graças a um gladiador espanhol que domina os terrenos que pisa. Mereceu. Merecemos. Somos melhores. Fomos melhores. Podemos mais. Quisemos mais. Espero por boleia. Analiso o jogo. Com sangue do meu. Javi Garcia e Luisão, imperiais. Maxi Pereira, no seu habitual, até à exaustão. Saviola, um maestro nos últimos minutos. Sálvio e Gaitán, úteis mas cansados. Jara, um avançado diferente. E Fábio Coentrão, a alma do Benfica. Entro. Arranjo lugar. Partilho o espaço com benfiquista. O mais próximo devora um Snickers. De boca aberta. Faz mais barulho que um carro na faixa do meio da ponte. Rasga um pedaço do papel. Sorrateiramente (mas pouco) deixa cair o pedaço no chão. Veste fato de treino do Benfica. Adepto fiel. Quiçá fanático? Provavelmente. Termina a mistura de chocolate e amendoim. E tem um problema. O papel nas mãos. Volta a usar o mesmo método. Mão entre as pernas. O papel entre os dedos. A baloiçar. E sorrateiramente (mas pouco) escorrega-lhe dos dedos. Pensa ter sido bem sucedido. Pensa ter sido sorrateiro. Chego ao destino. O sorrateiro move os pés. E pisa o papel que atirou. Aproveita para o esconder melhor. Com os pés. Debaixo do banco. Ri-se, orgulhoso. Acha que foi sorrateiro. Foi, mas pouco...

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