25/03/2011

Tropa de Elite

Até à poucos dias ainda não tinha visto o Tropa de Elite. Uma falha quase imperdoável. O facto de ter saído uma sequela relembrou-me que devia corrigir isso. Em boa hora lançaram o Tropa de Elite 2...

1997. Meses antes da visita do Papa João Paulo II ao Rio de Janeiro. Um capitão da BOPE vai ser pai em breve e pretende encontrar um substituto à sua altura para continuar a limpeza das favelas. Coincidências colocam no seu caminhos 2 aspiras que poderão vir a ser a escolha acertada.

Wagner Moura é o capitão Nascimento. Futuro pai, eterno chefe da BOPE. É uma personagem marcante. Intensa. Carismática. É um papel de uma carreira. André Ramiro e Caio Junqueira são os aspiras que que vão se vão cruzar com o capitão Nascimento. Ambos bem adaptados às respectivas personagens, dão-lhe as personalidades correctas (e bem distintas).

Com um começo em grande estilo, ao som do Morro do Dendê (ou Rap das Armas), o filme começa com acção, e nunca mais perde essa dinâmica. Tem cenas brutais. Os assassinos no topo do morro, o modus operandis da BOPE, a formação da BOPE,...

Tendo como base testemunhos reais, é uma forte critica social em vários aspectos. À corrupção e desorganização na polícia. À forma como a imprensa 'pinta' a policia aos olhos do povo. Á classe alta e a sua relação com as favelas. É um filme que nos deixa boquiabertos só com a possibilidade de tudo o que é retratado poder ser real.

Também tem muitas situações que nos vão fazer rir. Para começar, afasta rapidamente a ideia de que a língua brasileira é igual à portuguesa. Tantas expressões desconhecidas. Um falar bem agressivo, sem complexos, divertido. Cenas embrulhadas que se tornam hilariantes. O relato de como se transferem corpos de zona para baixar as estatística é genial. A grande máxima do comandante da polícia que "Morte na praia é afogamento".

Filmaço. Poderoso. Real. Marcante. Filmaço mesmo. Obrigatório. Foi direitinho para o grupo do topo. E não me parece que leve muito tempo a ver a sequela...

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