Gemma Jones é Helena. Após o fim do seu casamento de 40 anos com Alfie recorre aos serviços de uma vidente, Cristal interpretada por Pauline Collins. Alfie, ou se preferirem Anthony Hopkins, não sabe como lidar com a velhice. Deixa a sua mulher numa tentativa de rejuvenescer. Casa-se com Charmaine(Lucy Punch).
Alfie e Helena têm uma filha. Sally(Naomi Watts). Afundada num casamento com Roy um ex-médico, agora escritor, encanta-se pelo seu patrão, Greg(Antonio Banderas). Entretanto Josh Brolin, no papel de Roy, enamora-se de Dia(Freida Pinto) vendo nela a sua musa inspiradora. E as relacões não terminam por aqui....
Como na maioria dos filmes de Woody Allen, o elenco é de luxo. Poderia ser ainda melhor caso Nicole Kidman não tivesse que recusar o papel de Chairmane. Um realce para 3 deles: Gemma Jones, Anthony Hopkins e Josh Brolin. Pareceram-me a um melhor nivel.
Já aqui referi que gosto dos trabalhos de Woody Allen. Isso não mudou. Tem um jeito muito próprio de realizar e escrever um filme. É fácil apanhar um filme seu a meio e rapidamente associá-lo ao realizador. O guião é quase sempre apoiado nas relações entre personagens e tudo o que isso provoca. O modo de filmar é bem distinto, principalmente as cenas filmadas nos interiores. Parece que estamos num labirinto de corredores, onde as personagens vão surgindo em cena do nada. Os diálogos inteligentes e divertidos são outra das suas marcas.
É certo que este filme não acrescenta nada de novo à sua obra, mas não deixa de manter todos estes traços tão característicos.
"A tale told by an idiot, full of sound and fury, signifying nothing."
Na actualidade, Woody Allen é chamado de 'vendido' porque abdicou da sua Nova Iorque para filmar em cidades que lhe paguem. Começou em Londres na companhia de Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers. Voou até à terra de Miró e Gaudí com Scarlett Johansson para se juntar a Rebecca Hall e Javier Bardem. Recentemente seguiu-se Paris onde coabitou com Marion Cotillard, Rachel McAdams, Adrien Brody, Michael Sheen, Owen Wilson e Carla Bruni. Próxima paragem: Roma.
Não tenho nada contra ele ter andar em tour pela Europa. Vou continuar a apreciar os seus originais retratos de relações...deviam fazer o mesmo...
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