25/05/2011

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

Queria ver um filme. Mas como sempre, a fartura dividia-me. Então que fiz? Em DQL, era algo deste género:
SELECT * FROM dm_folder WHERE CABINET('/Filmes') ORDER BY r_creation_date ASC ENABLE(RETURN_TOP 1).
Resultado? Este tão afamado filme francês. (para a maioria que não percebe a instrução anterior, basicamente obtive o filme que tinha à mais tempo no meu disco...)

Amélie Poulain nunca teve amigos. Educada em casa, refugiou-se num mundo seu. Até ao dia que tudo muda...

Um elenco com poucas caras familiares mas de qualidade. A protagonista, Audrey Tautou, é a mais famosa e tem uma interpretação brilhante. Dá um aura angelical a Amélie que nos toca deste o 1º instante. É uma personagem para marcar uma carreira.
Mathieu Kassovitz é Nico, um coleccionador sui generis, ao qual nem achei muita piada. Serge Merlin é o homem de cristal, um pintor obcecado por Renoir. Transmite-nos segurança e compaixão. E por fim, Lucien, ou melhor Jamel Debbouze, outra das caras conhecidas. Tem um ar de bobo, idiota que sabe usar em seu favor.

Tinha o filme acabado de começar e já estava enamorado. Aquela maneira de apresentar os créditos é enternecedora e transmite autenticidade. Ao nível da realização e ângulos de filmagem adorei. A câmara nunca está parada, sempre em movimento, por exemplo, o atirar do peixe ao rio é prova disso. Realmente gostei de onde eram obtidas as imagens. Outra coisa que se destaca é a presença do narrador, por vezes relatando algo que nos parece completamente descabido.

Misturando fantasia com alguma moralidade, acaba por também ser uma comédia com situações bem caricatas. O ex-namorado que passa a vida no café a registar info no seu gravador, a vingança de Amélie para com o merceeiro, a volta ao mundo do duende,...

Seller in the porno shop: These are hard times for dreamers.

Foi um filme que me passou sentimentos pouco habituais: pureza, doçura, sinceridade, ternura. Acho que a brancura e aparente ingenuidade de Audrey Tautou ajudou bastante. É um filme super original, bastante divertido, extremamente cativante. Numa palavra, é mágico. Dentro do género está no topo. Trés bien Jean-Pierre Jeunet!!

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