Férias = Livro atrás de livro

Terminei o Sputnik, Meu Amor com um sorriso nos lábios e na mente. Murakami cumpriu com toda a excepionalidade que espero e ainda me deixou com desejo de regressar à sua obra o mais depressa possível. É um escritor que conta histórias únicas utilizando um estilo único. Junta surreal com sentimentos, sempre a tender para cenários de solidão e introspecção das suas personagens, mas consegue-o de forma perfeita, adicionando no fim uma pitada de erotismo e humor. Um dos meus escritores preferidos. 

Continuei com a literatura traduzida em português e matei um borrego antigo (não, não é uma menção de uma das obras de  Murakami que já li, Em Busca do Carneiro Selvagem, é mesmo um forma de expressão). Li algo de Truman Capote. As suas 2 mais famosas obras são Breakfast at Tiffany's e A Sangue Frio, ambas adaptadas ao cinema. Chegou à minha posse a primeira delas. Livro que engana. Curto. 118 páginas. Tamanho de letra normal. Mas 'diz' mais que muitos livros de 400 e 500 páginas. Com 2 personagens bem caracterizadas, o narrador e Holly, a acção nunca pára. É livro para ser lido de uma só vez. Vou esperar por ler A Sangue Frio para ter uma opinião mais fundamentada sobre a maneira de escrever de Capote. Para já pareceu-me bastante simples, um pouco como escrevia William Faulkner, mas com mais ritmo nos diálogos e acções.

Entretanto aproveitei para ler a segunda história, Bombproof, do livro duplo de Michael Robotham. Como é normal, o estilo é semelhante à primeira, partilhando até algumas das personagens. Mantém-se o veredicto: bom escritor policial.

Terminado este último, apontei baterias para mais um livro duplo do africano Wilbur Smith que me acompanhou no regresso à pátria, começando pela primeira de duas histórias: The Sunbird.