13/07/2011

Amadeus

Milos Forman, o director de One Flew Over the Cuckoo's Nest. 11 nomeações, 8 Óscares incluindo o de Melhor Filme. Ainda para mais no ano em que nasci. E sobre música clássica. Não me podia escapar...

Após uma tentativa de suicídio, António Salieri narra em modo de confissão a história do seu contemporâneo Wolfgang Amadeus Mozart.

Que duas interpretações! A academia concordou comigo e nomeou ambos para Óscar de Melhor Actor Principal. Duas personagens completamente opostas. F. Murray Abraham é Antonio Salieri. Ponderado, calculista, metódico e racional. O seu oposto é Wolfgang Amadeus Mozart por Tom Hulce. Louco, apaixonado, espontâneo e excêntrico.
Ambas transportam a sua personalidade para a sua música. F. Murray Abraham levou a melhor e voltou para casa com o Óscar. É uma personagem menos 'adorável' que o insano Mozart mas com uma 'intensidade triste' impressionante.

O guarda-roupa e os cenários, tanto interiores como os pouco exteriores, estão notáveis para a época em que se passa o filme e na altura em que o mesmo foi rodado. Liberta música por todas as suas cenas. Simplesmente brutal. Para quem gosta de música clássica e conhece bem esse Universo vai adorar as histórias por detrás da criação das suas mais importantes e famosas óperas. Para quem não tem por hábito ouvir composições deste género, acabará por perceber que não é assim tão parolo no assunto quando começar a trautear diversas vezes ao longo das 3 horas do filme.

Salieri: On the page it looked nothing. The beginning simple, almost comic. Just a pulse - bassoons and basset horns - like a rusty squeezebox. Then suddenly - high above it - an oboe, a single note, hanging there unwavering, till a clarinet took over and sweetened it into a phrase of such delight! This was no composition by a performing monkey! This was a music I'd never heard. Filled with such longing, such unfulfillable longing, it had me trembling. It seemed to me that I was hearing the very voice of God.

Um filme sobre Mozart mas não só. Vai mais além. Retrata de como a mesquinhez humana pode arruinar o 'próximo' apenas por inveja ou capricho. É um filme obrigatório!

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