Somos todos míopes, excepto para dentro. Só o sonho vê com o olhar.
Transeuntes eternos por nós mesmos, não há paisagem senão o que somos.
Nada possuímos, porque nem a nós possuímos. Nada temos porque nada somos. Que mãos estenderei para que universo? O universo não é meu: sou eu.
Fernando Pessoa em Livro do Desassossego
Sem comentários:
Enviar um comentário