Li uma crítica(acho que na Empire) em que referia que era um filme que nos deixava com comichão, com receio das pequenas coisas, dos pequenos gestos. Achei piada a que um filme que não é de terror conseguisse transmitir tal sensação à algumas pessoas. Tal como quando se fala de espíritos e fantasmas, só vendo/sentido acreditaria. Quis comprovar...
Durante 100 e tal minutos acompanhamos todos os 'lados' de uma epidemia mundial. Médicos que arriscam a vida. Famílias destruídas. Luta pela sobrevivência recorrendo a todos os meios. O aproveitamento para lucrar ao máximo. As diferenças entre ricos e pobres. Sorte. Há de tudo...
O elenco reunido por Steven Soderbergh é um conjunto de caras conhecidas, onde nenhuma se destaca, nem pela positiva nem pela negativa: Gwyneth Paltrow, Jude Law, Matt Damon, Marion Cotillard, Laurence Fishburne, Kate Winslet...
A base estrutural do filme é a típica do género: Um novo vírus que se alastra mundialmente a velocidade alarmante, sendo necessário esforços conjuntos para descobrir uma vacina. Inova um bocado porque mistura todas as histórias individuais de cada personagem, liga-as como em 'Crash'. E mesmo no final dá-nos uma explicação para o início do surto viral, como se criou e como foi espalhado. Dá-nos a chave que falta em todo o puzzle.
Algures no mundo, o porco errado encontrou o morcego errado!
Verdade. Acabamos o filme a pensar contas vezes passamos a mão pela cara, pela boca, por onde as passamos (metro, puxadores de portas,...). Mas não podemos viver numa bolha, são coisas que sempre fizemos mas a maioria nunca pensou nelas 2 segundos. Original a forma como o filme tenta criar essa fobia. Comigo não conseguiu, acho eu :D
PS: Enquanto escrevi este pequeno texto, intervalei o bater nas teclas com 7 passagens com a mão pela cara e 3 pelo pescoço:)
Sem comentários:
Enviar um comentário