Gostei da ideia base do argumento. Tendo em conta as devidas diferenças, quem tem dinheiro vive mais tempo. Ou melhor, pode lutar com outros meios para tentar prolongar a sua existência. O filme espelha isso de uma forma mais crua.
No futuro todos possuem um contador no antebraço para saberem quanto tempo têm de vida. Ninguém se pergunta o porquê. É assim porque tem de ser. Até que um jovem vê a sua mãe morrer-lhe nos braço e simultaneamente vê-se 'premiado' com mais tempo do que alguma vez sonhou. Começa então uma viagem para tentar mudar a sociedade existente.
Tendo em conta que no futuro acima descrito, todos os seres humanos param de envelhecer aos 25 anos, o elenco não podia deixar de ser composto apenas por caras jovens. Justin Timberlake é o revolucionário que tenta abalar o sistema. Amanda Seyfried é a menina rica que tem um lado por revelar. Cillian Murphy é o zelador do tempo. Desde Red Eye que o associo automaticamente a um vilão. Olivia Wilde aparece apenas nos momentos iniciais. Tal como em House, não fica até ao término. Nenhum se destaca. Isto é um filme que sobrevive (e bem) à base do seu argumento futurista.
Henry Hamilton: You really don't know, do you? Everyone can't live forever. Where would we put them? Why do you think there are time zones? Why do you think taxes and prices go up the same day in the ghetto? The cost of living keeps rising to make sure people keep dying. How else could there be men with a million years while most live day to day? But the truth is... there's more than enough. No one has to die before their time. If you had as much time as I have on that clock, what would you do with it?
Andrew Niccol, que desde o fantástico Lord of War( em 2005) não realizava nada, consegue construir uma obra que consegue prender durante todo o tempo. Nem que seja para sabermos quando chegarão os contadores aos zeros!! Bom filmezito de ficção.
1 comentário:
Concordo!
Gostei do “In Time”, até o classifiquei por 7/10 (BOM) na altura (fui agora rever a pontuação no FilmAffinity).
Anarquia na luta contra o “sistema” num sci-fi com estilo “Bonnie & Clyde”.
Acho, logo a começar, a premissa um ponto alto do filme, mesmo que o argumento tenha sido mais desenvolvido como se de um videogame se tratasse, o filme não deixa de apontar conceitos muito curiosos e achei inteligentes digo-o, sobre a sociedade e fazer as suas criticas sociais em modo de entretenimento. É uma sociedade que deixou de envelhecer apartir dos 25 anos e onde o dinheiro deixou de existir. É uma sociedade que “cultiva” a perseguição da conquista do tempo, digamos que a imortalidade (num detalhe invulgar verificamos a irradicação dos problemas da estética feminina – aqui avós, mães e filhas aparentam todas 25 anos de vida). Toda a gente morre como jovens, logo como distinguir quem é jovem dos idosos? – as pistas do filme são interessantes. Gostei de tudo e funciona como um óptimo entretenimento, que não é oco e faz pensar!
Obs: o caro Zekka, tem presença nalguma rede social? Facebook, Google+?
E já pensou em usar o FilmAffinity? Eu uso para classificar os filmes e é sempre óptimo ter cinéfilos amigos que vêem um pouco de todos os géneros e origens de filmes (como é o seu caso). Responda...
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