Golda Meir: Digo-lhe imediatamente: o meu único temor é o de viver demasiado tempo. Sabe, a velhice não é uma tristeza como não é um motivo de alegria, porque há muitas coisas desagradáveis na velhice. Não poder correr a subir escadas, não poder saltar... E, no entanto, habituamo-nos sem dificuldade a certas coisas. São apenas falhas físicas, e estas não são degradantes. O que degrada é perder a lucidez, tornarmo-nos senis. A senilidade... Conheci pessoas que morreram demasiado cedo e isso faz-me sofrer. Conheci pessoas que morreram demasiado tarde e sofri igualmente. Oiça: assistir à desintegração de uma grande inteligência é para mim um insulto. Não desejo ser motivo deste insulto. Quero morrer lucidamente. O meu único medo é viver demasiado tempo.
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