21/03/2011

Los Cronocrímenes

Uma nova incursão ao cinema espanhol, evitando Almodóvar, e optando por um produção independente, pouco conhecida, mas com boas indicações. A longa metragem de estreia do completamente desconhecido Nacho Vigalondo como realizador.

Um homem comum observa uma rapariga através de um binóculos. Curioso, tenta aproximar-se. Um encadeamento de situações leva-o a entrar numa máquina do tempo o que lhe trará consequências indesejáveis.

Nacho Vidalongo realizou, escreveu e participou como jovem cientista. O restante elenco conta-se pelos dedos da mão: Karra Elejalde, o mais experiente, com uma recente participação em Biutiful e no filme de Leonel Vieira, A Selva. É o viajante do tempo. A sua mulher é interpretada por Candela Fernández. A rapariga observada na floresta é Bárbara Goenaga. E o elenco termina por aqui.

Filmes sobre viagens no tempo podem tornar-se demasiado confusos. Às tantas já não sabemos onde estamos situados na acção do filme. Aqui não é o caso. Sempre que há um regresso no tempo, sabemos exactamente onde estamos, e que Hector estamos a acompanhar. Os pormenores de cenas de minutos antes começam a fazer sentido. Tudo encaixa correctamente. A história nunca parece estar perdida no seu rumo...

Estando muito direccionado para o encadeamento de ideias com alguma brisa de suspense, raramente recorre ao humor, mas a cena do último Hector a sair da máquina do tempo mesmo à profissional como já fizesse aquilo à anos afugenta todo esse suspense encadeado por instantes e por ser algo tão raro, algo cómico, faz-nos sorrir.

Clara: Time flies here.

Compreendo que não seja um filme para toda a gente. Não tem grandes nomes a dar-lhe visibilidade. Não teve grandes fundos para investir. Um remake americano demonstrará o quanto o guião é coerente. Mas para mim, assim já é mais do que suficiente para ter gostado...

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